quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Arroz de forno rápido

Já anda no ar um cheirinho a rentrée... Não tarda nada, o trânsito já se sente pior, os dias ficam mais pequeninos e as quentes temperaturas de Verão serão uma recordação. É para o retomar da rotina e para os dias de trabalho em que chegamos a casa mais desinspirados e cansados que fica esta sugestão de arroz no forno, muito fácil, prático e rápido.

O Maçã Assada não vai estar por aqui para a rentrée... vai agora de férias e regressa em meados de Setembro. Depois de descansar um pouquinho e viajar por terras asiáticas, voltarei ao trabalho e ao blogue no Outono, uma época do ano de que também gosto muito (sobretudo porque com o Outono chegam as castanhas!), por isso, e sem qualquer nostalgia, volto já já já...


Ingredientes
(2 pessoas)

1/2 cebola picada
1 colher (sopa) de azeite
50 gr de chouriço cortado em rodelas
1 chávena (chá) de arroz aromático Bom Sucesso
1 chávena (chá) de água

1. Pré-aquecer o forno a 200º. Num tacho, refogar a cebola e o chouriço no azeite até que a cebola esteja bem dourada. Juntar o arroz e deixar fritar um pouco, mexendo para não agarrar;

2. Quando o arroz começar a ficar translúcido, retirar do lume e mudar para uma assadeira, regando com a chávena de água. Levar ao forno aproximadamente 30 minutos ou até que o arroz seque e esteja cozido.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Tarte de amêndoa e pêra

Há já algum tempo que queria participar num Curso de Cozinha Vaqueiro e a oportunidade de assistir a um com 50% de desconto (a era dos vouchers e descontos tem destas coisas!) foi a altura certa para a minha visita à Academia dos Sabores para o curso "Receitas Rápidas - Jantares de Amigos". 

Este curso, confesso, não foi a minha primeira opção. Depois de uma experiência pouco positiva ao tentar fazer a inscrição (2 dias a ligar para o Instituto Culinário Vaqueiro sem conseguir ser atendida), quando consegui finalmente entrar em contacto através de e-mail, já não havia vagas para o pretendido "Vinhos e Comida". Fiquei um pouco decepcionada, sobretudo porque tinha confirmado a existência de vagas antes de comprar o voucher e achei frustrante estar 2 dias a ligar para fazer a inscrição, ouvindo sempre a mesma mensagem automática que me dizia que ligasse durante o horário de atendimento. Cheguei a pensar que todos os relógios do mundo estavam avariados (!), porque telefonava sempre durante o horário de atendimento e nada de conseguir ligação. Finalmente, e um pouco contrariada, lá me inscrevi numa segunda opção. Entendo que os vouchers e campanhas de descontos acarretam sempre um aumento de procura a que os fornecedores nem sempre conseguem responder da forma mais eficaz, mas também entendo que este aumento de procura é previsível quando se organiza uma campanha deste género, pelo que pode, logicamente, ser acautelado. 

No dia do curso, a minha frustração já se tinha atenuado e, mesmo não sendo a minha primeira opção, tinha criado grandes expectativas já que o feedback que ouço acerca destes cursos é óptimo. De facto, não saí da Academia dos Sabores desiludida. O Chef Pedro Niny Duarte conduziu o workshop de forma exemplar, gerando um ambiente informal, de grande partilha de conhecimento e interesses entre todos os participantes. O jantar de degustação dos 6 pratos elaborados prolongou-se porque a conversa fluía e toda a gente queria provar de tudo. Ao fim da noite, tinha percebido porque há pessoas que já fizeram largas dezenas de Cursos de Culinária Vaqueiro. A verdade é que a experiência é fantástica e a repetir. Chego a pensar que há um lado positivo em não ter conseguido a inscrição para o "Vinhos e Comida": assim tenho motivo para voltar brevemente!


Desta noite, deixo uma recordação: a tarte de amêndoa e pêra que me calhou na distribuição aleatória das receitas a preparar durante o curso. Esta tarte de inspiração algarvia não passou indiferente a ninguém e vale a pena partilhar a receita:

Ingredientes

1 embalagem de massa areada
2 dl de água
250 gr de açúcar
1 limão (raspa e um pouco de sumo)
3 pêras grandes
8 gemas
300 gr de miolo de amêndoa picado
2 colheres (sopa) de licor de amêndoa ou Moscatel
1 colher (café) de canela

1. Pré-aquecer o forno a 170º C e forrar uma tarteira de fundo amovível com a massa areada, picando o fundo com um garfo;

2. Num tacho, levar a água e o açúcar ao lume até levantar fervura. Reservar;

3. Descascar e descaroçar as pêras e cortar em gomos. Nas parte exterior da pêra, fazer uns golpes longitudinais e superficiais (a intenção é meramente decorativa, não é separar as fatias). Regar com um pouco de sumo de limão para não oxidar e reservar;

4. Numa tigela, desfazer as gemas com uma vara de arames, juntar a amendoa e o licor ou Moscatel e misturar bem. Acrescentar a calda de açúcar. aos poucos, envolvendo bem de imediato para evitar que as gemas talhem. Levar de novo a lume brando até engrossar um pouco, retirar e perfumar com a canela e a raspa de limão;

5. Espalhar este recheio sobre a massa areada sobre este dispôr os gomos de pêra com a face golpeada virada para cima, pressionando até ao fundo;

6. Levar ao forno cerca de 30 minutos, até que a superfície esteja dourada e o recheio firme.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Mini-quiches de camarão com legumes

Estas mini-quiches são uma óptima sugestão para "esvaziar" frigoríficos. Usei cenoura, alho francês e cogumelos que já não aguentavam muitos mais dias, mas outra solução pode ser usar uma daquelas embalagens de legumes para sopa que há nos supermercados, já lavados e cortados.

Esta receita resulta igualmente bem numa quiche grande. A razão pela qual fiz mini-quiches é porque cozem mais rapidamente e porque evito as sobras não fazendo todas as mini-quiches de uma vez (posso congelar algumas antes de irem ao forno e fazer mais tarde) - como somos só dois, sobra sempre cerca de metade da quiche, o que, desta vez, não me interessava muito. Os restos da massa quebrada também guardo sempre no congelador, enrolada no papel vegetal que também sobra. Ao fim de umas 4 ou 5 embalagens, já tenho massa para mais uma tarte!


Ingredientes
(6 mini-quiches)

1 embalagem de massa quebrada
50 gr de margarina
1 dente de alho picado
350 gr de legumes e vegetais para saltear
150 gr de miolo de camarão
3 ovos
2 dl de natas
100 gr de queijo mozzarella ralado
Sal, pimenta e oregãos q. b.

1. Pré-aquecer o forno a 180º e forrar com a massa quebrada e respectivo papel vegetal 5 a 6 formas de tartelete;

2. Numa frigideira, colocar a margarina a derreter com o alho e juntar os vegetais salteando até que estejam macios. Juntar o camarão, deixar saltear por mais 3 minutos e reservar;

3. Bater os ovos com as natas, juntar o queijo mozzarella e os legumes com o camarão, temperar com sal e pimenta a gosto e envolver bem;

4. Deitar o preparado sobre as formas forradas com massa quebrada, alisar bem e polvilhar com um pouco de oregãos. Levar ao forno até que estejam bem douradas e servir acompanhado de salada.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Fusilli com peru ao pesto

Este ano o meu canteiro de manjericão está frondoso e cheio de vida. Depois de uma tentativa frustrada o ano passado (as lagartas e uma terra de qualidade duvidosa não me deixaram sequer chegar a sentir o cheirinho do manjericão), dá gosto olhar para o canteiro no terraço e vê-lo cheio de folhinhas perfumadas e viçosas. Ao lado da salsa, dos pimentos, dos limões, couves-de-bruxelas e alecrim. A horta cresce a olhos vistos e, confesso, o meu orgulho também! 

No último fim-de-semana chegou a altura de pôr o manjericão à prova e não há melhor forma de o fazer do que num molho pesto. Segui a receita do Jamie Oliver e apenas fiz uma pequena batota: como os pinhões estavam a 90€/kg (sim, 90€/kg, não escrevi um zero a mais!), substitui-os por amêndoas. Claro que podia ter comprado uma saqueta de 80 gr de pinhões a cerca de 8€ (tinha alarme e tudo, parecia que estava a comprar uma jóia valiosíssima!) mas considero esse valor absurdo, pouco justo e sustentável, pelo que, mais por uma questão de princípio do que propriamente pelo dinheiro em si, decidi trocar os pinhões por amêndoas e garanto que o molho não ficou a perder. Aliás, encontrei diversas receitas em que os pinhões eram substituídos por outros frutos secos que garantem a mesma cremosidade ao molho, como a amêndoa, o caju ou a castanha do Pará. Então, fiz assim:

Para o molho pesto:

3 chávenas (chá) de folhas de manjericão
1 dente de alho
Sal e pimenta preta q. b.
2/3 de chávena (chá) de amêndoas levemente tostadas
2/3 chávena (chá) de queijo parmesão acabado de ralar
Azeite q. b.
Sumo de 1/2 limão 

1. Num processador, colocar o manjericão, o alho e o sal e triturar. Juntar as amêndoas previamente tostadas no forno a baixa temperatura (pretende-se "soltar" o sabor da amêndoa e não torrá-la pelo que 20 minutos no forno a 100º C deverá ser suficiente) e triturar novamente;

2. Verter a mistura para uma tigela e juntar metade do parmesão, envolvendo enquanto se vai adicionando azeite, apenas o suficiente para ligar o molho;

3. Temperar com pimenta, juntar o restante parmesão, misturar e verificar o sal e a consistência, juntando mais azeite, se necessário. Espremer o sumo de meio limão (opcional), envolver e servir.


Fusilli com peru ao pesto
(2 pessoas)

2 bifes de peru cortados em cubos pequenos
Azeite q. b.
Sal e pimenta preta q. b.
150 gr de fusilli
3 colheres (sopa) de molho pesto

1. Temperar o peru com sal e pimenta preta de moinho e saltear num fio de azeite;

2. Cozer a massa de acordo com as instruções da embalagem e escorrer, reservando um pouco da água da cozedura;

3. Juntar a massa à frigideira com o peru e saltear por 2 minutos, juntando um pouco da água da cozedura da massa. Retirar do lume, juntar o molho pesto, envolver bem e servir de imediato.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cheesecake de maracujá

Encontrei esta receita em vários sites e blogues enquanto pesquisava por "cheesecake de maracujá". É um daqueles casos em que a autoria se perdeu nesse imenso mundo que é a Internet porque nem sempre a fonte é citada como gostaríamos e por isso, não consigo atribuir "o seu a seu dono". Digo apenas, para ser fiel à verdade, que a autoria desta receita não é minha mas pensei que tantos bloggers e sites de culinária, deste e do outro lado do Atlântico, não poderiam estar errados e que esta devia ser "a" receita de cheesecake de maracujá que procurava, pelo que decidi experimentá-la.

Da minha "autoria" é o uso de bolachas integrais na base. Tudo o resto é a receita tal e qual a encontrei por essa Internet fora. Este cheesecake brilhou num almoço de domingo para que fui convidada. Para além de bonito (e toda a gente sabe que os olhos também comem!), quem resiste a uma sobremesa de maracujá em pleno Verão?


Ingredientes

Para a base:

200 gr de bolacha maria integral
100 gr de manteiga

1. Num processador, picar as bolachas. Não devem ficar em "pó" mas apenas grosseiramente picadas, caso contrário, "absorvem" toda a manteiga e a base acaba por ficar uma "pasta" mole, assemelhando-se a massa mal cozida;

2. Numa tigela, amassar a bolacha e a manteiga amolecida. Forrar com papel vegetal uma forma de abrir (25 cm de diâmetro) e colocar esta mistura por cima, forrando todo o fundo da forma, pressionado bem. Guardar no frigorífico.

Para o recheio:

3 dl de polpa de maracujá 
200 gr de queijo creme 
6 folhas de gelatina
4 dl de natas magras
100 gr de açúcar


1. Numa tigela, bater o queijo creme com a polpa de maracujá e reservar. Colocar as folhas de gelatina de molho em água. Noutra tigela, bater as natas até estarem consistentes, juntando o açúcar e batendo de novo;

2. Escorrer a gelatina e derreter no micro-ondas ou em banho-maria, adicionando à mistura de queijo creme e maracujá, filtrando com um coador e batendo imediatamente para ligar bem. Juntar as natas e envolver bem;

3. Verter este preparado sobre a base de bolacha e levar ao frigorífico, cerca de 4 horas.

Para cobertura:

1,5 dl de polpa de maracujá
1 folha de gelatina

1. Demolhar a folha de gelatina. Levar a polpa de maracujá ao lume. Assim que começar a fervilhar, retirar do lume e juntar a folha de gelatina bem escorrida. Mexer bem e deixar arrefecer um pouco;

2. Deitar sobre o recheio e levar de novo ao frio, até servir.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Gelado de pêssego e surpresas na caixa do correio!

Esta semana tem sido plena de surpresas a chegarem à minha caixa do correio. Obviamente, uso a expressão "caixa do correio" de forma metafórica já que, na verdade, ambas as surpresas foram entregues na recepção do meu local de trabalho, mas continuo a achar muito romântica a ideia de ter surpresas à espera na caixa do correio como quando era pequena e aguardava ansiosamente pelas cartas dos meus pen friends!

A primeira surpresa foi a minha ansiada máquina de fazer gelados! Encomendada há quase um mês, já estava a recear que não chegasse a tempo de todos os projectos que tenho para ela ainda este Verão! Finalmente chegou e não perdi tempo a experimentá-la, este primeiro gelado de pêssego foi um óptimo cartão de visita de todas as potencialidades que vejo no meu novo "brinquedo".

A segunda surpresa foi o meu pack de iniciação "Cuidados Específicos Elvive", composto por 1 embalagem de "Total Repair 5: Duplo Sérum Pontas" e 10 vales de desconto de €2,00 aplicáveis em qualquer Cuidado Específico Elvive. Integrar a equipa de projecto "Cuidados Específicos Elvive", organizado pela Comunidade trnd para a L'Oréal Paris, foi uma óptima notícia para o meu cabelo, que começava a acusar o sol e a pedir corte o que, neste momento, não era uma opção. Agora deposito todas as minhas esperanças neste sérum e de certeza que não ficarei desiludida. Toda a informação sobre estes produtos Elvive e sobre este projecto está nesta página.

Para comemorar esta semana cheia de novidades, pus a máquina de gelados a funcionar. O resultado foi um delicioso, leve e cheio de sabor frozen yogurt de pêssego. Adorei e tenho a certeza que a máquina de fazer gelados tão cedo não terá descanso.


Ingredientes

3 iogurtes magros
3 pêssegos descascados e descaroçados
1/3 chávena (chá) de açúcar

1. Num processador ou com a varinha mágica, reduzir os pêssegos a puré. Juntar os iogurtes e o açúcar e bater até estar bem envolvido;

2. Levar o preparado anterior ao congelador, voltando a bater passado cerca de 1 hora. Repetir este processo mais 3 a 4 vezes, para garantir uma textura suave e sem cristais de gelo (ou usar uma sorveteira, seguindo as instruções do fabricante, assim que termine o ponto 1).

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Bolo de ameixas polaco

Guardo algumas recordações culinárias dos tempos em que vivi na Polónia, umas verdadeiramente decepcionantes e outras que foram agradáveis surpresas. A verdade é que a cozinha polaca, não sendo, na minha opinião, das mais desafiantes na Europa, tem alguns segredos bem guardados e que vale a pena desvendar.

Szarlotka (http://easteuropeanfood.about.com)
Há dois bolos que guardo com carinho na minha gavetinha mental de recordações polacas: a Szarlotka e o Placek ze Sliwkami. A szarlotka (pronuncia-se "charlotca") é uma tarte de maçã ao estilo American Pie, muito popular e que facilmente se encontra nos cafés e restaurantes, servido acompanhado por uma bola de gelado no Verão e por natas batidas no resto do ano, quando a temperatura não está para brincadeiras. À szarlotka prometo voltar quando os dias ficarem mais curtos e as tardes de chuva começarem a pedir para ficarmos em casa a fazer bolos.

Porque agora é Verão e abundam as ameixas, é deste Placek ze Sliwkami que quero falar. Ao contrário da szarlotka, com que aqueci muitas tardes de Inverno enchendo a casa com o cheirinho de bolo e das maçãs ao lume, nunca aprendi a fazer este bolo de ameixas enquanto vivi na Polónia. Comprava-o já pronto no supermercado e achava uma delícia a forma como a massa do bolo, apenas suficientemente doce, envolvia a acidez das ameixas. Foi com muita alegria que encontrei esta receita enquanto procurava uma solução para as ameixas que me sobram no frigorífico. Há versões com outras frutas, como pêssego ou frutos vermelhos e, no Inverno, é sempre possível usar fruta em calda mas, para celebrar o Verão e o melhor que cada cozinha europeia tem para oferecer, aqui fica o Placek ze Sliwkami (mais fácil de fazer do que de pronunciar, prometo)!


Ingredientes

2 1/3 chávenas (chá) de farinha
2 1/2 colheres (chá) de fermento em pó
3/4 colher (chá) de sal
1 chávena (chá) de açúcar
1/2 chávena (chá) + 3 colheres (sopa) de manteiga
3/4 chávena (chá) de leite
2 ovos
5 ameixas frescas, descascadas, cortadas ao meio e descaroçadas
1/4 colher (chá) de cravinho (facultativo)
Margarina para untar

1. Pré-aquecer o forno a 180º e untar com margarina uma forma (cerca de 25 cm de diâmetro) ou tabuleiro (cerca de 20 x 30 cm). Numa tigela grande, misturar a farinha, o fermento, o sal e 3/4 da chávena de açúcar. Juntar 1/2 chávena de manteiga amolecida, o leite e os ovos e bater durante cerca de 4 minutos;

2. Deitar o preparado anterior na forma e dispor as metades de ameixa por cima, com o corte virado para cima, pressionando ligeiramente mas não enterrando totalmente na massa;

3. Numa tigela, misturar o restante açúcar com 3 colheres (sopa) de manteiga fria e o cravinho (do qual prescindi), obtendo-se uma mistura granulada (estilo crumble) que se espalha sobre as ameixas;

4. Levar ao forno cerca de 40 minutos ou até que um palito saia seco. Deixar arrefecer dentro da forma antes de desenformar.